Climaterio sem sofrer

30 de junho de 2011

ENDOCRINOLOGIA – NEUROENDOCRINOLOGIA: O CONTROLE INTENSIVO DA PRESSÃO ARTERIAL,

PELO MENOS PARA A META ATUALMENTE RECOMENDADA PARA O DIABETES MELLITUS TIPO 2 QUE É DE 130/80 MMHG - É UMA ABORDAGEM TERAPÊUTICA SEGURA, COM CLARA REDUÇÃO DOS EVENTOS CORONARIANOS EM PACIENTES DIABÉTICOS DE ALTO RISCO. ESTE FATO PODE AUMENTAR A LONGEVIDADE FUTURA.

Uma nova meta-análise (análise de dados com o resultado de dados de vários estudos) intensiva examinou a redução da pressão arterial em diabéticos e encontrou uma clara redução dos casos de risco de ocorrência de infarto do miocárdio um tempo após a manutenção da pressão arterial mais baixa. Este achado é de grande importância e alivia as preocupações dos profissionais de saúde quanto ao risco de eventos coronarianos. O controle intensivo da pressão arterial, pelo menos para a meta atualmente recomendada para o diabetes mellitus tipo 2 que é de 130/80 mm Hg - é uma abordagem terapêutica segura. Os resultados da nova análise - que incluiu 31 ensaios de intervenção envolvendo quase 74. 000 pacientes, entre os quais cinco ensaios voltados especificamente para o controle da pressão arterial mais justo contra a pressão arterial menos justa em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. O nível médio encontrado nos ensaios dos controles da pressão arterial mais justos, foi de 129/69 mm Hg, que está no limite do que é atualmente recomendado para os diabéticos, por isso não podemos dizer nada sobre os níveis pressóricos mais baixos, mas podemos dizer que reunimos evidências suficientes que é seguro para os diabéticos chegarem a esse valor de pressão arterial, especialmente para prevenir o acidente vascular cerebral (AVC), que é um grande evento debilitante nesta população, e não aumentar o risco de infarto do miocárdio, e também é bom que estes dados desta meta-análise tragam clareza a esta situação.
A revisão sistemática é oportuna, claramente apoiando um papel para o controle intensivo da pressão arterial em diabetes mellitus tipo 2. Embora ainda temos muito a aprender, estes dados devem ajudar a reduzir o fardo das doenças cardiovasculares neste grupo de doentes de alto risco. Para gerar estimativas dos efeitos da redução da PA pressão arterial sobre o risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral em pacientes diabéticos, a seleção foi baseada em resultados de estudos que compararam diferentes agentes anti-hipertensivos e diferentes estratégias de intervenção para pressão arterial, evitando que a pressão alta acima dos valores aceitáveis, quer como o foco principal do estudo ou em um subgrupo de diabéticos. Não podemos dizer nada dos resultados que obteríamos se nos aprofundássemos neste estudo, mas podemos dizer que já reunimos provas suficientes de que é seguro para diabéticos chegar a esses valores de pressão arterial de 129/69 mm Hg, especialmente para prevenir o acidente vascular cerebral (AVC). A pressão arterial sistólica (máxima) menor do que 130 mm Hg em pacientes com diabetes em comparação com pacientes com diabetes de alto risco com pressão arterial sistólica menor do que 140 mm Hg não tem sido a recomendação durante as últimas 3 décadas, mas chegou-se a essa meta mais pelo consenso entre os especialistas, do que através de estudos clínicos.
Concluiu-se que a pressão sistólica ideal para pacientes diabéticos é de 130 a 135 mm Hg, apesar de, em alguns casos se fazer um tratamento mais intensivo para a pressão sistólica ficar em torno de 120 mm Hg em pacientes com alto risco de acidente vascular cerebral, ou seja considerado pressão alta. Devem-se levar em conta importantes considerações adicionais com os efeitos da redução intensiva da pressão arterial sobre outros eventos, tais como doença renal, doenças dos olhos, e eventos adversos. Este fato caso não seja observado, pode abreviar a longevidade futura de um paciente com diabetes mellitus.

Dr. João Santos Caio Jr
Endocrinologia-Neuroendocrinologista
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista-Medicina Interna 
CRM 28930

Como Saber Mais:
1. A redução da pressão arterial em diabéticos leva a uma clara redução dos casos de risco de ocorrência de infarto do miocárdio um tempo após a manutenção da pressão arterial mais baixa...
http://controladapressaoalta.blogspot.com/

2. O controle intensivo da pressão arterial, pelo menos para a meta atualmente recomendada para o diabetes mellitus tipo 2 que é de 130/80 mm Hg - é uma abordagem terapêutica segura...
http://metabolicasindrome.blogspot.com/

3. Em alguns casos se faze um tratamento mais intensivo para a pressão sistólica ficar em torno de 120 mm Hg em pacientes com alto risco de acidente vascular cerebral...
http://gorduravisceral.blogspot.com/


AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO DOS
AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.


Referências Bibliográficas:
Reboldi G. - Universidade de Perugia, Itália, G. Gentile, Angeli F., et al. Efeitos da redução intensiva da pressão arterial no infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral em diabetes:. Uma meta-análise de 73 913 pacientes J Hypertens . 2011; 29:1253-1269; Jicheng Lv e Vlado Perkovic - George Institute for Global Health, de Sydney, Austrália - gestão pressão arterial em diabetes: um caminho para a frente? J Hypertens 2011; 29: 1283-1284; Encontro Europeu de Hipertensão Arterial – 2011; 27 de junho de 2011 (Milan, Itália).








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